quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

SAFÁRI NA ÁFRICA DO SUL

The Old City Hall Johannesburgo
Para comemorar o  meu aniversário, planejei algo diferente, fazer um safári na África do Sul, que era um desejo antigo. Comentei com meu marido e com nossos companheiros de viagem, que não gostaram muito da ideia, mas insisti até que aceitaram, um pouco assustados com a possibilidade de encarar um leão de frente. Falaram que iriam desde que pudessem sentar no banco do meio do veículo, para ficarem mais protegidos. Vencida a etapa do convencimento, fomos à luta, procuramos passagens e passeios que satisfizessem nossos interesses. Para comprar as passagens, resolvemos utilizar milhas e quanto ao safári, decidimos fazer pela empresa CVC, com um roteiro de uma semana já pré-definido. Como nunca tínhamos ido à África do Sul, achamos interessante chegar uns dois dias antes para conhecermos Johannesburgo e estender mais uma semana após a excursão, para irmos à Garden Route ou Rota Jardim, famoso trecho na costa africana, que detalharemos em um post à parte. Infelizmente, por motivos pessoais, nossos companheiros tiveram que cancelar a viagem. Fomos então eu e meu marido nessa aventura.
Planejamento: Por quase um mês, visitamos sites e blogs para definir o que fazer, quais locais iríamos visitar, o clima e outros detalhes. Com um roteiro ousado nas mãos, faltavam apenas os detalhes finais, como reservar carro e hotéis e por último, comprar a moeda local. Como sempre, pedimos ao nosso amigo e agente de viagens, Paulo da A e T Turismo para fazer a reserva do carro e o seguro saúde.
The Gold Reef City em Johannesburgo

Documentação: Passaporte com validade de seis meses. Visto não é necessário. A África do Sul exige o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela. A vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da data do embarque.


Hospedagem: Após consultar opções de hospedagens nos sites TrivagoHotéis.com e Booking.com, fizemos as reservas, tanto em Johannesburgo como nas outras cidades da Rota Jardim, cinco ao todo. Todas as reservas foram efetuadas buscando não só o preço, mas preferencialmente, hotéis com boa localização e restaurantes por perto, café da manhã incluso, Wifi e estacionamentos grátis, sem esquecer, é claro, de verificar a segurança das redondezas. 

Transportes: O roteiro da CVC já incluía ônibus com guias falando português ou espanhol.

Clima: Visitando o site do Climatempo verificamos que enfrentaríamos um pouco de frio e chuva, mas nada muito exagerado. A temperatura ficaria em torno de 15 a 25 graus, bem parecido com o nosso clima no Brasil.

Jacarandás nas ruas de Johannesburgo

Compras: Lemos em alguns blogs a respeito de se fazer boas compras na África, mas como o objetivo da viagem não era esse, passamos longe dos shoppings. Compramos apenas poucas lembrancinhas. Lembramos que é sempre interessante comprar água e lanches em supermercados, pois os hotéis cobram até 5 ou 6 vezes mais caro.

Segurança: Após ler vários blogs, verificamos que, como em qualquer cidade grande, é necessário um certo cuidado ao andar por Johannesburgo, procurando  fazer passeios apenas em locais indicados por guias. A Cidade do Cabo nos pareceu ser mais tranquila, mas uma certa cautela sempre é bom. 

Moeda: A moeda corrente  utilizada na África do Sul é o Rand sul africano (ZAR), que grosseiramente pode ser convertida para o Real, dividindo-se o valor a pagar por 4.

Cuidados necessários: Recomendamos sempre fazer um seguro saúde para viagem, pois pode garantir a tranquilidade no caso de algum problema de saúde. Muito protetor solar, repelente, chapéu e óculos de sol. Um tênis confortável e uma boa máquina fotográfica para garantir fotos imperdíveis. Leve também um adaptador de tomada para carregar seus aparelhos eletrônicos, pois a tomada é bem diferente da nossa.

Abaixo relatamos nossa aventura pela África do Sul, que ficará em nossas memórias por muito tempo.

ROTEIRO VIAGEM ÁFRICA DO SUL
01 dia - Saímos de Brasília às 18:35 horas. Chegamos em São Paulo às 20:20 horas e logo em seguida, às 23:55 horas, partimos para Johannesburgo.

Nelson Mandela Square em Johannesburgo
02 dia - Chegamos à Johannesburgo às 13:10 horas. Como não teríamos o traslado da CVC, já que chegamos 2 dias antes do início da nossa excursão, havíamos decidido usar o Gautrain, um tipo de metrô que serve toda a cidade desde o aeroporto. O  custo seria de 150 rands para cada um, mais uma taxa de 15 rands pelo cartão recarregável. No entanto, quando chegamos fomos surpreendidos por motoristas oferecendo o serviço de traslado, fizemos uma rápida negociação e conseguimos por cerca de 450 rands (cerca de 110 reais) o traslado até o nosso hotel. Considerando que estávamos cansados para pegar o metrô até uma estação perto do nosso hotel, depois mais um táxi até o hotel, achamos o valor interessante. Seguimos, então, para o nosso hotel previamente reservado pela internet, o   Park Inn Sandton, um quatro estrelas, com excelente custo benefício e o melhor de tudo com traslado grátis de hora em hora para o Mandela Square e para o Gautrain Sandton Station. Chegamos um pouco cansados pela longa viagem, cerca de 10 horas, então, preferimos jantar no próprio hotel e depois mais descansados, fizemos um bate e volta no Mandela Square, para uma primeira visão da cidade.


Museu do Apartheid em Johannesburgo
03 dia -  Resolvemos fazer um city tour  de 48 horas a partir da estação Gautrain Park Station, pagamos 290 rands por pessoa, cerca de 55 reais. Após o café, pegamos o traslado do hotel até o Mandela Square, com parada na Sandton Station e pegamos o metrô até a Park Station. O ticket do metrô custou 54 rands, ida e volta por pessoa, mais 15 pelo cartão recarregável. O ônibus do city tour de 2 andares, possui parte coberta e uma descoberta, o roteiro inclui 11 paradas pela cidade, e é possível descer, passear e pegar o próximo ônibus, com possibilidade de escolher o seu próprio idioma. Alguns lugares interessantes são o  Carlton Center, o Gold Reef City e o Museu do Apartheid. Ainda oferecem a opção de extensão para conhecer Soweto, cidade onde se iniciou a luta pelo Apartheid, pelas mãos de Nelson Mandela e do Bispo Desmond Tutu. Começamos o city tour por volta das 10 hs da manha, descemos em alguns lugares que achamos mais interessantes, entre os quais o Neighbourgoods Market para almoçar, havia lido na internet que esse mercado só funcionava aos sábado até às 15 horas, ali é possível experimentar vários pratos regionais. Achamos um pouco bagunçado, mas interessante e barato. À noite, saímos para jantar no Restaurante Trumps Grill House no Mandela Square, para comemorar o meu aniversário, no final do jantar, feliz por estar ali com meu marido, fui surpreendida por um pequeno bolo oferecido pela sorridente garçonete. Adorei o mimo.


SAB - World of Beer
04 dia - Novamente, mais um dia de city tour, a cidade nos pareceu um pouco tumultuada, o trânsito bastante agressivo e muitos camelôs por toda a cidade, que ficamos sabendo, depois, tratar-se de pessoas que perderam o emprego nas minas de diamantes e de carvão. Almoçamos no Gold Reef City, um casino com várias opções de restaurantes e lanchonetes. Terminamos o city tour no SAB - World of Beer, onde fizemos um passeio de cerca de 1 hora e meia, com apresentação das primeiras cervejas produzidas no país e degustação de algumas delas. Já despedindo de Johannesburgo,  jantamos no próprio hotel, que estava meio bagunçado com uma festa perto da piscina, para a qual fomos convidados, mas não curtimos muito.   
Complexo do Emperors Palace

05 dia - Dia de nos juntarmos ao passeio da CVC, na realidade a excursão é de responsabilidade de uma empresa parceira da CVC. Fomos informados que nos iriam buscar no nosso hotel para o outro hotel, onde nos juntaríamos ao resto do grupo. No entanto, isto não aconteceu, tivemos que ir de UBER, pagamos cerca de 320 rands. A tarde chegamos ao Hotel Peermont Metcourt at Emperors Palace em Kempton Park, perto do aeroporto. Trata-se de um complexo enorme com vários  hotéis, casino, restaurantes, lanchonetes ao estilo Las Vegas. Aproveitamos e fomos almoçar no Restaurante Rosettas, um buffet all inclusive, ao preço de 160 rands por pessoa. À noite, fomos conhecer o casino e resolvemos jantar no Ocean Basket, restaurante de frutos do mar delicioso e bem barato. Adoramos. Alguns colegas de excursão foram ao Lyon Park e gostaram muito, mas como já íamos participar de um safári, não animamos. 

Blyde River Canyon
06 dia - Após o café da manhã, saímos de ônibus com guia de língua hispana, com destino à região do Krüger, via Mpumalanga, que possui algumas das maravilhas naturais mais fascinantes do mundo, um destino turístico com alta demanda no país. Durante a rota paramos por cerca de uma hora para lanches no Posto Bonjour, que possui uma pequena fazenda, foi o nosso primeiro contato com os animais . Seguimos para o Blyde River Canyon, local com uma vista espetacular, paramos por cerca de uma hora, para fotografar e comprar artesanato. Paramos, ainda no Bourke´s Lucky, um conjunto de cascatas, onde almoçamos, pedimos uns sanduíches, que demoraram quase uma hora, devido a quantidade de pessoas a serem atendidas. Logo após, nosso ônibus parou no God´s Window ou Janela de Deus, de onde é possível avistar um vale que se estende por alguns quilômetros. No fim do dia chegamos ao Hotel Greenway Woods Resort, que incluía o jantar com buffet a vontade, mas com bebidas pagas a parte. Hotel fazenda com chalés, bastante confortável, o problema era só a internet que era muito lenta.

Bourke´s Lucky
07 dia -  Fomos acordados às 4:30 h. da manhã para irmos ao safári de dia inteiro no Krüger Park, em jipe 4x4. O Krüger é um dos mais famosos parques do mundo e em seu território, vivem os chamados "Big Five" (leão, elefante, rinoceronte, leopardo e búfalo), além de uma diversidade incrível de outras espécies, avistamos cachorros selvagens, impalas, macacos, jacarés e outros. O café da manhã foi acondicionado em sacolas para podermos chegar bem cedo e aproveitamos melhor e depois paramos em uma pequena lanchonete dentro do Park para tomá-lo. Segundo nossa guia, a melhor hora para ver os animais é no começo da manhã. Tivemos oportunidade de fotografar bem de perto apenas 4 dos 5 grandes, pois o leopardo teimou em não aparecer. Após o meio dia, paramos num acampamento chamado Pretoriuskop para almoçar (não estava incluso no passeio) e depois continuamos o safári  até às 5 horas da tarde. Adoramos. Na minha opinião, foi o ponto alto de toda a viagem. Retornamos ao hotel, cansados mas felizes e já nos aguardava um delicioso jantar.
Estátua Nelson Mandela em Pretória
08 dia - Após o café da manhã, partimos para Pretória. Na chegada, fizemos uma visita panorâmica pela cidade. Fomos ao Union Building, a sede do governo sul africano e ao Church Square, onde funciona um Museu em frente à igreja onde, segundo nossa guia, o Bispo Desmond Tutu fazia seus sermões. Em seguida, transporte ao aeroporto de Johannesburgo para embarque com destino à Cidade do Cabo (passagem aérea não inclusa no pacote). Compramos a passagem pela empresa lowfare Kulula, interligada da British Airlines, cujo voo atrasou cerca de uma hora, devido ao mau tempo. Chegamos à Cidade do Cabo já bem tarde, por volta da meia noite, com uma linda lua a nos dar as boas vindas. O traslado dessa vez estava lá, nos aguardando. Fomos levados ao Hotel The Capetonian, um quatro estrelas, com bom café da manhã, mas que precisa de reformas.

Famosa Table  Mountain em Capetown
09 dia - Apesar de serem oferecidos pela empresa vários passeios, optamos por um city tour, que ao nosso ver dá uma visão melhor da cidade. Após o delicioso café da manhã no hotel, andamos umas duas quadras e verificamos que o ônibus vermelho passava ali, bem pertinho. Pegamos o Seightseing, pagamos 190 rands (cerca de 45 reais), e claro nossa primeira parada foi na Table Mountain ou Montanha da Mesa, mas o tempo não permitiu que subíssemos de teleférico, de onde se tem uma vista espetacular de toda a cidade. Ficou para uma próxima vez. Fizemos várias paradas, cada uma melhor do que a outra. O sightseing possui 4 rotas, uma em Downtown, outra pela Costa, outra pelos principais pontos turísticos e uma para a região vinícola. Decidimos começar pela rota das vinícolas e almoçamos na Groot Constantia, considerada a mais antiga da África do Sul. Uma tratoria simples, mas com comida bem harmonizada com o vinho local. À noite, fomos com alguns amigos, jantar no Mama África, mas estava lotado. Nos disseram que tinha que ter reserva. Fomos então ao Waterfront, uma espécie de marina e jantamos no Seelan Bistrô e Bar. Adoramos.
Vinícola Groot Constantia em Capetown

10 dia - Após o café da manhã, resolvemos fazer um passeio pelo Waterfront, região com muitas lojinhas de lembrancinhas, restaurantes, lanchonetes. Como era sábado, o local estava fervilhando. Fizemos ainda um tour pela baía, num pequeno veleiro, pagamos cerca de 15 reais por pessoa. Passamos o dia inteiro, parando para lanchar e ouvir um ou outro ritmo de música que insistiam em tocar por ali. À noite, começou a chover e ventar, aliás venta muito na Cidade do Cabo, tanto que nos 3 dias que ficamos por ali, o teleférico não foi liberado. Então, descemos até uma lanchonete na esquina do hotel e fizemos um lanche e fomos dormir.  

Waterfront em Capetown
11 dia - Após o  café da manhã no hotel, a excursão da CVC chegou ao final. Aí começou a outra parte da nossa viagem, que será contada em um post a seguir.


Obs: todas as fotos são de autoria própria e de uso restrito.

ROTA JARDIM NA ÁFRICA DO SUL

Como já falei no post anterior, resolvemos viajar para a África do Sul para comemorarmos o meu aniversário. Essa viagem resolvi relatar em duas etapas, a primeira foi um safári pela empresa CVC, com roteiro já pré-definido e a segunda, uma aventura de 5 dias pela Rota Jardim ou Garden Route, tido como um dos lugares mais bonitos do mundo, idealizada a partir da leitura de vários blogs de viagem. A linha mestra dessa Rota é a N2, rodovia que margeia os oceanos Atlântico e Índico, da Cidade do Cabo até Port Elizabeth. Ganhou esse nome devido a densa vegetação e o verde quase constante de suas montanhas e não pela abundância de flores ou jardins. Todas as informações colhidas nos motivaram a enfrentar a expectativa de dirigir na mão inglesa, a nosso ver, bem complicado. Mas todos os relatos diziam que a melhor maneira para explorar os encantos que a Rota Jardim oferece é alugar um carro e o ideal é ter uma Permissão Internacional para Dirigir, que pode ser solicitada ao Detran.

Cidade do Cabo
Planejamento: Após várias leituras, verificamos que uma semana seria muito pouco para conhecer todos os lugares imperdíveis nos oitocentos quilômetros que separam a Cidade do Cabo de Port Elizabeth, mas como já tínhamos comprado as passagens aéreas não teríamos mais tempo. Sabíamos que o roteiro era ousado e deixamos os detalhes finais por conta do nosso amigo e agente de viagens, Paulo da A e T Turismo.

Hospedagem: Após consultar opções de hospedagens nos sites TrivagoHotéis.com e Booking.com, fizemos as reservas nas cidades que fazem parte da Rota Jardim, cinco hotéis ao todo. Ao reservar os hotéis buscamos não só o melhor custo benefício, mas também privilegiamos aqueles com café da manhã incluso, com internet e estacionamentos grátis, sem esquecer é claro da segurança das redondezas.   
Guesthouse em Knysna

Transportes: Reservamos um carro a ser retirado no aeroporto ao final da excursão da CVC. Mas com um jeitinho do atendente da empresa, conseguimos mudar a retirada do aeroporto para o Hotel Westin, bem ao lado do nosso hotel.

Clima: O inverno  que vai de junho a setembro é frio e seco, exceto na costa sul, quando há grande incidência de chuvas. Já o verão que vai de novembro a março é quente e úmido, com calor e pancadas de chuva. O outono de abril a maio é mais agradável em todas as regiões do país. Visitando o site do Climatempo, verificamos que poderíamos enfrentar um pouco de frio e chuva, mas nada muito exagerado. A temperatura realmente se manteve em torno de 15 a 25 graus, bem parecido com o nosso clima no Brasil.


Segurança: Segundo relatos de blogs, viajar pela Rota Jardim é seguro, desde que você se mantenha dentro do roteiro turístico.
Linda paisagem na Rota Jardim

Moeda: A moeda corrente  utilizada na África do Sul é o Rande, que grosseiramente pode ser convertida para o Real, dividindo-se o valor a pagar por 4.

Cuidados necessários: É sempre bom lembrar que um tênis confortável é indispensável, bem como uma máquina fotográfica para registrar todos os momentos. É recomendável, também, providenciar um seguro saúde para a viagem, o que pode garantir a tranquilidade no caso de algum problema de saúde. E muito protetor solar, repelente, chapéu e óculos de sol.

Abaixo relatamos nossa aventura pela África do Sul, que ficará em nossas memórias por muito tempo.

ROTEIRO VIAGEM ÁFRICA DO SUL - GARDEN ROUTE

Homenagem a Nelson Mandela em Port Elizabeth
01 dia - Após o café da manhã deixamos o hotel The Capetonian, pegamos o carro num hotel perto do nosso, o Westin e seguimos para Port Elizabeth (754 Km ou 08 horas). Apesar de a velocidade máxima permitida nas estradas ser de 120 km/h, em alguns trechos perto de cidades, pode cair para 60 Km/hora. Um cuidado especial é quanto a sempre conservar o tanque do carro cheio, porque após a entrada  do Park Tsitsikamma só há dois postos de gasolina. Chegamos em Port Elizabeth no final do dia, estava muito frio e chuvoso. Tivemos uma surpresa ao fazer o check in no Hotel Onse Khaya Lodging. Na nossa reserva dizia que deveríamos chegar até às 20 hs. Chegamos, mas estava tudo fechado. Na porta da entrada estava escrito que o atendimento aos domingos seria apenas até às 13 hs.  Batemos, insistimos, mas ninguém apareceu. Estávamos desistindo quando vimos uma campainha no portão de entrada, apertamos e então surgiu um atendente sonolento, mas muito educado que nos conduziu até nossos aposentos. Já instalados, resolvemos comprar apenas um lanche num McDonald’s perto do hotel e fomos dormir.

Boardwalk Complex
Jeffreys Bay
Storms River Mouth
02 dia - Levantamos cedo e continuava a chover, tomamos nosso café no McDonald’s, e aproveitamos para acessar a internet. Verificamos que estávamos a uma quadra do Boardwalk Complex,  uma espécie de shopping aberto à beira-mar onde é possível fazer compras em diversas lojas, ir ao cinema, tentar a sorte no cassino ou almoçar em restaurantes que oferecem comidas para todos os gostos e bolsos. Resolvemos passear por lá e aproveitamos para tirar fotos e seguimos para a Donkin Heritage Trail, uma trilha que passa por 47 pontos significativos da história da cidade, ao longo de cinco quilômetros em sua região central, remontando os passos dos colonos que lá se estabeleceram no século 19. Após esse passeio, resolvemos conhecer Jeffreys Bay (83 km ou cerca de 1 hora), cidade vizinha e point de surfistas. No entanto, ao sairmos de Port Elizabeth ficamos desorientados no meio do trânsito, fomos interpelados por policiais que nos auxiliaram a chegar a estrada de acesso àquela praia. Chegamos em Jeffreys Bay na hora do almoço, perambulamos pela orla, tiramos fotos e fomos ao Shopping Fountains Mall e experimentamos a comida do Wimpy, uma lanchonete bem popular na África do Sul. Seguimos para Storms River (116 km ou 1 h e 20 min), preocupados com o horário do check in que dizia: atendimento em horário comercial. Mas deu tudo certo. Fizemos o check in no hotel Andelomi Forest Lodge, um guest house bem simples, todo de madeira, mas adequado. Muito educado, o atendente, que nos pareceu ser o proprietário, nos disse que o restaurante não estava funcionando, mas que havia outras opções na pequena cidade. Havia uma lanchonete Marilyn´s 60´s Diner, decorada com fotos de Marilyn Monroe e Elvis Presley, carros, motos, posters bem antigos, bem interessante. Tomamos apenas uma cerveja e resolvemos atravessar a rua e experimentar uma pizza à lenha, mas foi apenas razoável. A cidade fica dentro do Tsitsikamma National Park que significa “lugar de muitas águas”, e é a maior e mais antiga reserva marinha da África. Perfeito para os amantes da natureza, o parque possui diversas trilhas, sendo a principal a mundialmente famosa Otter Trail que exige resistência – são necessários 5 dias para percorrê-la. É realmente um lugar único pois combina falésias, montanhas, rios, piscinas e verdejantes florestas. Lindo demais.

Bloukrans Bridge - o maior bungee jump do mundo
Waterfront em Knysna
03 dia - Apesar da simplicidade do hotel, o café da manhã nos surpreendeu, fizemos então, o check out e fomos conhecer a famosa Storms River Mouth, local muito bonito, com uma trilha até um conjunto de pontes suspensas que cruzam o Rio Storms e que são o cartão postal do Parque. Ali é possível fazer alguns esportes radicais, como caiaque, tirolesa e arvorismo. O acesso ao Parque custa 195 rands por pessoa e após alguns quilômetros chegamos ao Restaurante Cattle Baron que possui uma vista privilegiada do encontro entre o rio e o mar. Atrás do restaurante há uma escadaria que dá acesso a trilha para as pontes suspensas, não é indicado para pessoas com problemas de locomoção. Realmente, cansativo, mas vale a pena, a vista é deslumbrante, dá vontade de ficar ali parado olhando e tirando fotos. Logo após esse passeio, fomos conhecer a Bloukrans Bridge, local do maior bungee jump do mundo, com 216 metros de altura. Tiramos muitas fotos, mas não tivemos coragem de saltar. Seguindo indicação de um blog, fomos conhecer o Nature Valley, realmente um local muito bonito, mas com acesso bem difícil, pois a estrada estava em reforma. Seguimos, então,  para  Plettenberg Bay (65 km ou 50 min), cidade vizinha à Knysna, super bonitinha e cheia de praias bacanas. Paramos para almoçar no KFC e seguimos para Knysna (32 km ou 20 min), pois na reserva do hotel dizia check in somente  durante o  horário comercial. Chegamos a Knysna já no final da tarde, a cidade contorna uma grande lagoa de 17 km de extensão, protegida do mar por dois maciços de arenito. Sua fama deve-se bastante ao cultivo de ostras e mais de 200 espécies de peixes, o que faz dos seus restaurantes uma deliciosa experiência. No centro da cidade há um píer com lojas muito simpáticas – o Waterfront, com ótimos restaurantes  e muitas lojinhas. No Hotel Lagoon Breeze fomos atendidos por uma senhora que falava português. O hotel é excelente com acomodações confortáveis. Resolvemos fazer um passeio de barco até a Leisure Isle, mas estava lotado. Então, tivermos que contentar em ver o lindo por do sol no Waterfront, muito bonito. Fomos ao Ocean Basket, ficamos ali tomando um choppinho bem gelado e tirando fotos até o sol se esconder. O dia foi bem cansativo, mas valeu muito a pena. Deixamos de visitar Oudtshoorn, cidade da famosa Cango Caves e das fazendas de avestruzes, simplesmente porque o tempo foi insuficiente.

Hoopenburg Guesthouse em Stellenbosch
04 dia - Após o café, fizemos o check out e fomos passear no The Heads em Knysna, um point of view, local bem interessante para fotografar não só a cidade, bem como o mar. Passamos em seguida por Wilderness  (47 km e 40 min) e depois Mossel Bay (62 km ou 50 min), onde almoçamos na Roman´s Pizzaria no Lengeberg Mall, apenas razoável. Seguimos, então para  Stellenbosch (362 km ou 4 horas). O nosso hotel o Hoopenburg Guesthouse foi um pouco difícil de localizar, mas depois valeu a pena. Local lindo, aconchegante e muito romântico. Fomos recepcionados por nossa anfitriã, bem simpática, com taças de vinho de produção local. Jantamos ali mesmo.

Chapman´s Peak
05 dia - Após o excelente café da manhã com direito a omelete e muitas frutas, fizemos o check out e resolvemos conhecer uma vinícola, escolhemos a Marianne Wine State, lindo local, mas quando chegamos ainda estava fechado para degustação. Seguimos para a Cidade do Cabo (80 km ou 1 hora) e fomos de carro conhecer o Cabo do Boa Esperança, antigo Cabo das Tormentas, que fica dentro do Table Mountain National Park, o ponto mais ao sul da África, passando por vários lugares no caminho, como Simon’s Town e Chapman’s Peak. O acesso ao  parque custa 135 rands por pessoa e é possível subir até um farol bem antigo por meio de um teleférico ou mesmo a pé. Vale a pena conferir. Seguimos para a Boulders Beach para ver a colônia de pinguins africanos, cujo acesso custa cerca de 60 rands. Almoçamos em um Restaurante em frente muito bom. Fomos fazer o check in no hotel Road Lodge International Airport. Resolvemos ficar perto do aeroporto para facilitar a devolução do carro no dia seguinte, mas o hotel deixou muito a desejar. Jantamos perto do hotel.

Boulders Beach
06 dia - Após o café da manhã, seguimos para o aeroporto, devolvemos o carro e pegamos o voo para Johannesburgo às 11:55 da manhã. Chegamos em Johannesburgo por volta das 14 hs. Almoçamos no Ocean Basket no próprio aeroporto e depois ficamos aguardando o nosso voo de retorno ao BRASIL que seria apenas às 22:10 hs

De um modo geral achamos que a África do Sul tem uma boa infraestrutura de turismo, hotéis e restaurantes com bons preços. Os locais que visitamos são muito bonitos. O povo é simpático. As cidades da Garden Route são seguras e o trânsito é tranquilo, exceto em Johannesburgo, é claro que a dificuldade de se dirigir na mão inglesa existe. A gasolina tem preço semelhante à nossa e há apenas uma praça de pedágio em todo o nosso trajeto.
07 dia - Chegamos em São Paulo às 6 da manhã e pegamos o voo para Brasília às 8:55 hs.

Obs: Todas as fotos são de autoria própria e de uso exclusivo.