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The Old City Hall Johannesburgo |
Para
comemorar o meu aniversário, planejei algo diferente, fazer um safári
na África do Sul, que era um desejo antigo. Comentei com meu marido e
com nossos companheiros de viagem, que não gostaram muito da ideia, mas
insisti até que aceitaram, um pouco assustados com a possibilidade de
encarar um leão de frente. Falaram que iriam desde que pudessem sentar no banco do meio do veículo, para
ficarem mais protegidos. Vencida a etapa do convencimento, fomos à luta,
procuramos passagens e passeios que satisfizessem nossos interesses. Para comprar as
passagens, resolvemos utilizar milhas e quanto ao safári,
decidimos fazer pela empresa CVC, com um roteiro de uma semana já pré-definido. Como nunca tínhamos ido à África do Sul, achamos interessante chegar uns dois dias antes para conhecermos Johannesburgo e estender mais uma semana após a excursão, para irmos à
Garden Route ou Rota Jardim, famoso trecho na costa africana, que detalharemos em um post à
parte. Infelizmente, por motivos pessoais, nossos companheiros tiveram
que cancelar a viagem. Fomos então eu e meu marido nessa aventura.
Planejamento: Por
quase um mês, visitamos sites e blogs para definir o que fazer, quais locais iríamos visitar, o clima e outros detalhes. Com um roteiro
ousado nas mãos, faltavam apenas os detalhes finais, como reservar carro e hotéis e por último, comprar a moeda local.
Como sempre, pedimos
ao nosso amigo e agente de viagens, Paulo da
A e T Turismo para fazer a reserva do carro e o seguro saúde.
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The Gold Reef City em Johannesburgo |
Documentação: Passaporte com validade de seis meses. Visto não é necessário. A África do Sul exige o Certificado Internacional de Vacinação contra
Febre Amarela. A vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da data
do embarque.
Hospedagem: Após consultar opções de hospedagens nos sites Trivago, Hotéis.com e Booking.com,
fizemos as reservas, tanto em Johannesburgo como nas outras
cidades da Rota Jardim, cinco ao todo. Todas as reservas foram efetuadas buscando não
só o preço, mas preferencialmente, hotéis com boa localização e restaurantes por perto, café da manhã incluso, Wifi e estacionamentos
grátis, sem esquecer, é
claro, de verificar a segurança das redondezas.
Transportes: O roteiro da CVC já incluía ônibus com guias falando português ou espanhol.
Clima: Visitando o site do
Climatempo
verificamos que enfrentaríamos um pouco de frio e chuva, mas nada muito
exagerado. A temperatura ficaria em torno de 15 a 25 graus, bem
parecido com o nosso clima no Brasil.
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Jacarandás nas ruas de Johannesburgo |
Compras: Lemos em alguns blogs a respeito de se fazer boas compras na África, mas como o objetivo da
viagem não era esse, passamos longe dos shoppings. Compramos apenas poucas lembrancinhas. Lembramos que é sempre interessante comprar água e lanches em supermercados, pois os hotéis
cobram até 5 ou 6 vezes mais caro.
Segurança: Após
ler vários blogs, verificamos que, como em qualquer cidade grande, é necessário um certo cuidado ao
andar por Johannesburgo, procurando fazer passeios apenas em locais indicados por guias. A Cidade do Cabo nos pareceu ser mais tranquila, mas uma certa cautela sempre é bom.
Moeda: A
moeda corrente utilizada na África do Sul é o Rand sul africano (ZAR), que grosseiramente pode ser
convertida para o Real, dividindo-se o valor a pagar por 4.
Cuidados necessários:
Recomendamos sempre fazer um seguro saúde para viagem, pois pode garantir a
tranquilidade no caso de algum problema de saúde. Muito protetor solar,
repelente, chapéu e óculos de sol. Um tênis confortável e uma boa
máquina fotográfica para garantir fotos imperdíveis. Leve também um adaptador de tomada para carregar seus aparelhos eletrônicos, pois a tomada é bem diferente da nossa.
Abaixo relatamos nossa aventura pela África do Sul, que ficará em nossas memórias por muito tempo.
ROTEIRO VIAGEM ÁFRICA DO SUL
01 dia - Saímos de Brasília
às 18:35 horas. Chegamos em São Paulo às 20:20 horas e logo em seguida, às 23:55 horas, partimos para Johannesburgo.
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Nelson Mandela Square em Johannesburgo |
02 dia - Chegamos à
Johannesburgo
às 13:10 horas. Como não teríamos o traslado da CVC, já que chegamos 2
dias antes do início da nossa excursão, havíamos decidido usar o
Gautrain, um tipo de metrô que serve toda a
cidade desde o aeroporto. O custo seria de 150 rands para cada um, mais uma
taxa de 15 rands pelo cartão recarregável. No entanto, quando chegamos
fomos surpreendidos por motoristas oferecendo o serviço de traslado,
fizemos uma rápida negociação e conseguimos por cerca de 450 rands
(cerca de 110 reais) o traslado até o nosso hotel. Considerando que estávamos
cansados para pegar o metrô até uma estação perto do nosso hotel, depois
mais um táxi até o hotel, achamos o valor interessante. Seguimos, então, para o
nosso hotel previamente reservado pela internet, o
Park Inn Sandton,
um quatro estrelas, com excelente custo benefício e o melhor de tudo com
traslado grátis de hora em hora para o Mandela Square e para o Gautrain Sandton Station. Chegamos
um pouco cansados pela longa viagem, cerca de 10 horas, então, preferimos jantar no próprio hotel e depois mais descansados, fizemos um bate e volta no
Mandela Square, para uma primeira visão da cidade.
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Museu do Apartheid em Johannesburgo |
03 dia - Resolvemos fazer um
city tour de 48
horas a partir da estação
Gautrain Park Station, pagamos 290 rands por pessoa, cerca de 55 reais. Após o café, pegamos o traslado do hotel até o Mandela Square, com parada na Sandton
Station e pegamos o metrô até a Park Station. O ticket do metrô custou 54 rands, ida e volta por pessoa, mais 15 pelo cartão recarregável. O ônibus do city tour de 2 andares, possui parte coberta e uma descoberta, o roteiro inclui 11 paradas pela cidade, e é possível descer, passear e
pegar o próximo ônibus, com possibilidade de escolher o seu próprio idioma. Alguns lugares interessantes são o Carlton Center, o Gold Reef City e o Museu do Apartheid. Ainda oferecem a opção de extensão para conhecer Soweto, cidade onde se iniciou a luta pelo Apartheid, pelas mãos de Nelson Mandela e do Bispo Desmond Tutu. Começamos o city tour por volta das 10 hs da manha, descemos em
alguns lugares que achamos mais interessantes, entre os quais o
Neighbourgoods Market
para almoçar, havia lido na internet que esse mercado só funcionava aos sábado até às 15 horas, ali é possível experimentar vários pratos regionais. Achamos um pouco
bagunçado, mas interessante e barato. À
noite, saímos para jantar no Restaurante Trumps Grill House no Mandela Square, para comemorar o meu aniversário, no final do jantar, feliz por estar ali com meu marido, fui
surpreendida por um pequeno bolo oferecido pela
sorridente garçonete. Adorei o mimo.
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SAB - World of Beer |
04 dia -
Novamente, mais um dia de city tour, a cidade nos pareceu um pouco
tumultuada, o trânsito bastante agressivo e muitos camelôs por toda a cidade,
que ficamos sabendo, depois, tratar-se de pessoas que perderam o emprego
nas minas de diamantes e de carvão. Almoçamos no Gold Reef City, um casino com várias opções de restaurantes e lanchonetes. Terminamos o city tour no SAB - World of Beer, onde fizemos um passeio de cerca de 1 hora e meia, com apresentação das primeiras cervejas produzidas no país e degustação de algumas delas. Já despedindo de Johannesburgo, jantamos no próprio hotel, que
estava meio bagunçado com uma festa perto da piscina, para a qual fomos
convidados, mas não curtimos muito.
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Complexo do Emperors Palace |
05 dia - Dia de nos juntarmos ao passeio
da CVC, na realidade a excursão é de responsabilidade de uma empresa parceira da CVC. Fomos informados que nos iriam buscar no nosso hotel para o outro hotel, onde nos juntaríamos ao resto do grupo. No entanto, isto não aconteceu, tivemos que ir de UBER, pagamos cerca de 320 rands. A tarde chegamos ao
Hotel Peermont Metcourt at Emperors Palace em Kempton Park, perto do aeroporto. Trata-se de um complexo enorme com vários hotéis, casino, restaurantes, lanchonetes ao estilo Las Vegas.
Aproveitamos e fomos almoçar no Restaurante Rosettas, um buffet all inclusive, ao preço de 160 rands por pessoa. À noite, fomos conhecer o casino e resolvemos jantar no Ocean Basket, restaurante de frutos do mar delicioso e bem barato. Adoramos. Alguns colegas de excursão foram ao Lyon Park e gostaram muito, mas como já íamos participar de um safári, não animamos.
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Blyde River Canyon |
06 dia - Após o café da manhã, saímos de ônibus com guia de língua hispana, com
destino à região do Krüger, via Mpumalanga, que possui algumas das maravilhas naturais mais fascinantes do mundo, um destino turístico com alta demanda no país. Durante a rota paramos por cerca de uma hora para lanches no Posto Bonjour, que possui uma pequena fazenda, foi o nosso primeiro contato com os animais . Seguimos para o Blyde River Canyon, local com uma vista espetacular, paramos por cerca de uma hora, para fotografar e comprar artesanato. Paramos, ainda no Bourke´s Lucky, um conjunto de cascatas, onde almoçamos, pedimos uns sanduíches, que demoraram quase uma hora, devido a quantidade de pessoas a serem atendidas. Logo após, nosso ônibus parou no God´s Window ou Janela de Deus, de onde é possível avistar um vale que se estende por alguns quilômetros. No fim do dia chegamos ao Hotel Greenway Woods Resort, que incluía o jantar com buffet a vontade, mas com bebidas pagas a parte. Hotel fazenda com chalés, bastante confortável, o problema era só a internet que era muito lenta.
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Bourke´s Lucky |
07 dia - Fomos acordados às 4:30 h. da manhã para irmos ao safári de dia inteiro no Krüger Park, em jipe 4x4. O Krüger é
um dos mais famosos parques do mundo e em seu território, vivem os chamados
"Big Five" (leão, elefante, rinoceronte, leopardo e búfalo), além de
uma diversidade incrível de outras espécies, avistamos cachorros selvagens, impalas, macacos, jacarés e outros. O café
da manhã foi acondicionado em sacolas para podermos chegar bem cedo e aproveitamos melhor e depois paramos em uma pequena lanchonete dentro do Park para tomá-lo. Segundo nossa guia, a melhor hora para ver os animais é no começo da manhã. Tivemos oportunidade de fotografar bem de perto apenas 4 dos 5 grandes, pois o leopardo teimou em não aparecer. Após o meio dia, paramos num acampamento chamado Pretoriuskop para almoçar (não estava incluso no passeio) e depois continuamos o safári até às 5 horas da tarde. Adoramos. Na minha opinião, foi o ponto alto de toda a viagem. Retornamos ao hotel, cansados mas felizes e já nos aguardava um delicioso jantar.
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Estátua Nelson Mandela em Pretória |
08 dia - Após o café da
manhã, partimos para Pretória. Na chegada, fizemos uma visita panorâmica pela cidade. Fomos ao Union Building, a sede do governo sul africano e ao Church Square, onde funciona um Museu em frente à igreja onde, segundo nossa guia, o Bispo Desmond Tutu fazia seus sermões. Em
seguida, transporte ao aeroporto de Johannesburgo para embarque com destino à
Cidade do Cabo (passagem aérea não inclusa no pacote). Compramos a passagem pela empresa lowfare Kulula, interligada da British Airlines, cujo voo atrasou cerca de uma hora, devido ao mau tempo. Chegamos à Cidade do Cabo já bem tarde, por volta da meia noite, com uma linda lua a nos dar as boas vindas. O traslado dessa vez estava lá, nos aguardando. Fomos levados ao
Hotel The Capetonian, um quatro estrelas, com bom café da manhã, mas que precisa de reformas.
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Famosa Table Mountain em Capetown |
09 dia - Apesar de serem oferecidos pela empresa vários passeios, optamos por um city tour, que ao nosso ver dá uma visão melhor da cidade. Após o delicioso café da manhã no hotel, andamos umas duas quadras e verificamos que o ônibus vermelho passava ali, bem pertinho. Pegamos o Seightseing, pagamos 190 rands (cerca de 45 reais), e claro nossa primeira parada foi na Table Mountain ou Montanha da Mesa, mas o tempo não permitiu que subíssemos de teleférico, de onde se tem uma vista espetacular de toda a cidade. Ficou para uma próxima vez. Fizemos várias paradas, cada uma melhor do que a outra. O sightseing possui 4 rotas, uma em Downtown, outra pela Costa, outra pelos principais pontos turísticos e uma para a região vinícola. Decidimos começar pela rota das vinícolas e almoçamos na Groot Constantia, considerada a mais antiga da África do Sul. Uma tratoria simples, mas com comida bem harmonizada com o vinho local. À noite, fomos com alguns amigos, jantar no Mama África, mas estava lotado. Nos disseram que tinha que ter reserva. Fomos então ao Waterfront, uma espécie de marina e jantamos no Seelan Bistrô e Bar. Adoramos.
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Vinícola Groot Constantia em Capetown |
10 dia - Após o café da manhã, resolvemos fazer um passeio pelo Waterfront, região com muitas lojinhas de lembrancinhas, restaurantes, lanchonetes. Como era sábado, o local estava fervilhando. Fizemos ainda um tour pela baía, num pequeno veleiro, pagamos cerca de 15 reais por pessoa. Passamos o dia inteiro, parando para lanchar e ouvir um ou outro ritmo de música que insistiam em tocar por ali. À noite, começou a chover e ventar, aliás venta muito na Cidade do Cabo, tanto que nos 3 dias que ficamos por ali, o teleférico não foi liberado. Então, descemos até uma lanchonete na esquina do hotel e fizemos um lanche e fomos dormir.
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Waterfront em Capetown |
11 dia - Após o
café da manhã no hotel, a excursão da CVC chegou ao final. Aí começou a outra parte da nossa viagem, que será contada em um post a seguir.
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Obs: todas as fotos são de autoria própria e de uso restrito. |
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