sábado, 16 de dezembro de 2017

PARQUES NACIONAIS AMERICANOS

Todos nossos amigos já sabem que uma das paixões do meu marido é passear em Las Vegas, curtindo os shows e fazendo compras. Se for na época da SEMA em novembro, então, é  a desculpa perfeita para irmos para lá. Desta vez, decidimos ficar duas semanas, aliando o passeio pela Feira, com um desejo antigo meu de conhecer alguns parques nacionais dos Estados Unidos.

Planejamento: A primeira etapa do nosso planejamento consistiu em pesquisar blogs de viagens para escolher os lugares que visitaríamos. Depois, foi a vez de procurar passagens para Las Vegas, mas encontramos promoções apenas para Los Angeles, saindo do aeroporto de Goiânia. Compramos assim mesmo, porque a economia valia a pena. Verificamos, posteriormente, que a maioria dos passageiros eram de Brasília.
Placa na entrada de Las Vegas

Documentação: Passaporte com validade mínima de seis meses e visto americano válido. Fizemos, ainda, o seguro saúde, obrigatório para quem quer viajar mais tranquilo. 

Hospedagem: Após consultar opções de hospedagens nos sites TrivagoHotéis.com e Booking.com, fizemos as reservas dos hotéis de Los Angeles e Las Vegas, bem como das outras cidades escolhidas para servirem de base para os passeios nos parques. Na escolha dos hotéis, privilegiamos informações sobre a segurança do local e escolhemos, preferencialmente, aqueles com café da manhã incluso, Wifi e estacionamentos grátis. 
Transportes: Considerando o nosso roteiro, o aluguel de um carro é item obrigatório, no nosso caso, uma Van. Fizemos a reserva na empresa Hertz, devido não só ao bom preço, mas também à qualidade dos automóveis. Para evitar aborrecimentos, nós gostamos de fazer um seguro completo e levamos o nosso próprio GPS, porque as locadoras cobram muito caro pelo aluguel de um.

Clima: Visitando o site do Climatempo, verificamos que a  temperatura ficaria em torno de 15 a 25 graus, bem parecido com o nosso clima no Brasil. Mas em alguns lugares poderiam ser um pouco mais baixas como em Cedar City e Williams, onde tivemos temperaturas bem perto de zero grau, chegando a nevar.



Moeda: A moeda corrente é o dólar americano.Cartões de crédito são aceitos em todos os lugares sem problema.

Cuidados necessários: o principal item é um tênis confortável e uma boa máquina fotográfica para garantir fotos imperdíveis. Além de muita disposição para caminhar e admirar as belas paisagens.
A seguir o relato de nossas aventuras:

Dia 01 -  Conforme comentamos anteriormente, deixamos o Brasil, via Goiânia, devido a uma promoção de passagens da Copa. Descemos em Los Angeles por volta da meia noite, e a primeira surpresa desagradável que tivemos, o nosso traslado não apareceu. Depois de uma hora aguardando, decidimos entrar na internet  e chamar um Uber. Só conseguimos chegar ao nosso hotel, o Best Western Airpark, por volta das 2 horas da manhã e mais outra surpresa, o quarto reservado era para fumantes e apesar de nossos esforços não foi possível trocar, o hotel alegou que estava tudo lotado. O cansaço nos convenceu a dormir ali mesmo. Felizmente, na manhã seguinte o café da manhã foi muito bom e compensou o transtorno.

Primm Valley Resort
Dia 02 - Los Angeles/CA a Las Vegas/NV ( 270 milhas ou 4 hs pela I-15N).  Já refeitos do cansaço da noite anterior, pegamos o traslado do hotel para o aeroporto, para pegarmos o carro e seguirmos para Las Vegas. Decidimos parar em Barstow, uma cidadezinha que fica no meio do caminho e que tem um excelente outlet. Almoçamos num buffet chinês, o Chinatown Buffet e fomos fazer compras. Apenas algumas lojas estavam com bons preços. No fim da tarde, seguimos para Primm, já bem perto de Las Vegas e paramos em outro Outlet, principalmente, para irmos na VF Factory, a loja que vende os jeans da Lee, que cai como uma luva para a mulher brasileira. No começo da noite, já cansados, chegamos, enfim, em Las Vegas e fomos direto ao nosso hotel, o Gold Coast Hotel e Casino, que apesar de não ser na Strip, tem um excelente custo benefício, com instalações novas e bons restaurantes. Em seguida, fomos matar a saudade do Miller's Ale House, na Town Square, a nossa choparia preferida em Vegas, devido a variedade de opções no cardápio de bebidas e comidas.

Dia 03 - Las Vegas/NV - Após o café da manhã, fomos fazer o que mais gostamos, compras. Em Las Vegas, gostamos de ir na lojas da Ross Dress for Less, na Burlington, TJ Maxx, Walmart, Best Buy e na Fry's, grande loja de eletroeletrônicos. No fim do dia, resolvemos ir buscar nossas credenciais para ingresso na SEMA, no Casino Westgate, para o dia seguinte. Não há venda de ingressos no local, somente pela
Las Vegas Boulevard -The Strip
internet. Apenas no encerramento da Feira, na sexta feira, são colocados à disposição dos interessados ingressos no valor de 20 dólares para a SEMA Ignited, um desfile com apresentação dos carros participantes, encerrando no estacionamento do Las Vegas Convention Center. Terminamos a  noite, novamente, no  Miller's Ale House.

Entrada da SEMA em Las Vegas
Dia 04 - Las Vegas/NV - Após o café, seguimos para a Feira. No primeiro dia, o ideal é ir bem cedo para evitar os engarrafamentos. Quando chegamos, infelizmente, o estacionamento oficial já estava lotado (10 dólares por dia) e tivemos que estacionar em um local meio improvisado e desembolsar 20 dólares. Já de posse das nossas credenciais, a entrada foi bem tranquila, apenas uma breve inspeção nas mochilas. A SEMA é a maior feira de carros customizados do mundo e ocorre todo ano, geralmente, em novembro, no Las Vegas Convention Center. O local é enorme com vários pavilhões, alguns inclusive com dois andares. Representantes e vendedores de todos as partes do  mundo vem demonstrar seus produtos. Prepare-se para receber um monte de brindes, desde canetas, chaveiros, camisetas e outros. Ficamos a tarde toda por ali, fotografando e apreciando os vários modelos de automóveis. Geralmente, preferimos sair da Feira por volta das 16 hs, para evitarmos os congestionamentos na saída. Seguimos, novamente, para mais algumas comprinhas e fomos jantar.

Dia 05 - Las Vegas/NV - Novamente, reservamos o dia para ir à SEMA, muita caminhada entre carros, caminhões e caminhonetes, além de shows e pessoas dando autógrafos, uns conhecidos em programas de televisão do Turbo Discovery e outros desconhecidos, pelo menos para nós. Resolvemos sair um pouco mais cedo e almoçar num restaurante chinês, o nosso preferido devido a variedade de opções e também pelo preço (por volta de 8 dólares por pessoa). Como o restaurante que escolhemos estava fechado, paramos em uma pizzaria, a Palermo's Pizza (East Flamingo, 1370)  e para nossa surpresa era de brasileiros. Fomos super bem atendidos, pedimos uma pizza de calabresa tamanho família, uma delícia. Reservamos a noite para irmos assistir ao Cirque du Soleil - Michel Jackson, no Mandalay Bay. O ingresso foi comprado antecipadamente pela internet, porque das outras vezes não tínhamos conseguido ir por estar lotado ou como dizem por lá, sold out. O estacionamento do Mandalay Bay é um pouco complicado, temos de ir seguindo as placas Self Parking e retirar um recibo para pagar depois (diferentemente de outros casinos aqui se paga para estacionar). Na nossa opinião não foi dos melhores shows que já vimos, achamos apenas regular, como era de se esperar muita música e dança, nada de números circenses, que preferimos.  

Dia 06 - Las Vegas/NV - Nesse dia, resolvemos fazer compras e nossos companheiros foram à Feira, sozinhos. Combinamos de pegá-los no fim do dia. Aproveitamos bastante, passamos por várias lojas e shoppings, comprando algumas encomendas e muitos presentinhos já antecipando o Natal. Cansadas, retornamos ao local combinado para resgatar os maridos e fomos passear no Walmart e na Fry's, grande loja de eletroeletrônicos. Terminamos o dia no já conhecido Miller's Ale House. 

Cedar Breaks National Monument
Dia 07 - Las Vegas/NV a Cedar City/UT (171 milhas ou 2 h 30 min) Após o café da manhã, seguimos para a cidade de Cedar City em Utah, que fica na porta de entrada do Cedar Breaks National Monument, localizado na Dixie National Forest. Fizemos o check in no Hotel Best Western Town Country, hotelzinho simples mas bem localizado e com excelente café da manhã. Estava chovendo e o frio intensificou, chegando bem perto de zero grau. Vestimos todos os casacos e saímos para jantar no Sonny Boys BBQ (126, N Main St), considerado um dos melhores restaurantes da cidade, de acordo com o Tripadvisor. É a versão americana de churrasco, o famoso barbecue. O atendimento não foi dos melhores, mas a comida compensou. 
Zion Canyon National Park
Dia 08 - Cedar City/UT a Hurricane/UT (40 milhas ou 40 min) - Após o café, seguimos para conhecer Cedar Breaks, a 30 minutos da cidade. Esse parque é considerado um Bryce Canyon em menor escala, a entrada no parque custa 6 dólares por pessoa e funciona das 9 hs às 18 hs. A estrutura do local é um pouco precária, existe apenas um visitor center e alguns poucos banheiros. A Scenic Drive (Utah Highway 148) que corta o parque costuma fechar no inverno. Paramos várias vezes para fotografar essa maravilha da natureza. Ao chegarmos no final do passeio, começou a nevar, intensificando o frio o que impossibilitou fazermos as trilhas. Como o parque é pequeno, terminamos cedo e resolvemos seguir para o Zion Canyon National Park (Highway 09 from I-15 to Mout Carmel Junction) no mesmo dia. A entrada custa 25 dólares por veículo válido para 7 dias (existe um ingresso no valor de 80 dólares que dá acesso a diversos parques). A estrutura é excelente, além do visitor center, tem banheiros e até um ônibus grátis para percorrer o parque. O cenário é deslumbrante, vale muito a pena, infelizmente não tivemos oportunidade de fazer trilhas ou passeios, apenas muitas fotos. No final do dia, seguimos para Hurricane (40 milhas ou 40 min) e fizemos o check in no Hotel Quality inn Zion Park, excelente opção na entrada do parque. Jantamos novamente no Sonny Boys BBQ (980, State St), o mais recomendado na cidade.


Desbravando o Zion Canyon
O Zion Canyon National Park  é o mais antigo Parque Nacional de Utah – aberto em 1909 - e também o mais visitado. Trata- se de um enorme santuário de montanhas imponentes, precipícios de arenito, vales de fendas estreitas, elevados arcos e cachoeiras, tudo ao longo de seus 24 km de extensão. São cerca de 300 espécies de pássaros, mais uma centena de variedades de animais e inúmeros tipos de plantas.  Zion é lugar para canoagem, caminhadas para todos os níveis de habilidade explorando rios de águas cristalinas e vales arborizados. 
Vista do Lake Powell em Page
Dia 09 - Hurricane/UT a Page/AR (104 milhas ou 1 h e 46 min) Após o café, seguimos para Page. A mais ou menos 1 km da cidade, paramos em um mirante chamado Wahweap, para  fotografar o lindo Lake Powell, ficamos admirando e seguimos para a Glen Dam, um pouco mais abaixo, uma linda represa que parece uma miniatura da Hoover Dam. Dizem que foi cenário do filme Transformers. Fizemos o  check in no Hotel Best Western Lake Powell e fomos jantar no Big John Texas (153 S Lake Powell Blvd), que é super indicado no Tripadvisor, mas achamos um pouco caro. Fomos descansar para a aventura do dia seguinte.  

Horseshoe Band em Page
Dia 10 - Page/AR - Após o café, seguimos para o famoso Antelope Canyon (7 milhas). Fizemos o Upper Canyon, que dizem ser o mais tranquilo. É obrigatório contratar um  tour por cerca de 40 dólares, é recomendado chegar uma hora antes. O tour havia sido agendado pela internet, mas o pagamento é feito no local apenas em dólar, não aceitam cartão. O local é administrado por indígenas e tem pouca estrutura. É necessário levar água e lanches. Não é permitido levar mochilas no passeio, devem ser deixadas no carro. Apenas máquina fotográfica e água. O passeio é feito em grandes caminhonetes para dez pessoas até a entrada do Canyon. A guia nos deu informações interessantes sobre o lugar e dicas do melhor ângulo para fotos.  O local é realmente mágico, mas não é possível parar, temos que seguir sempre caminhando, pois vários grupos chegam a todo momento. Para quem quiser fotografar tem que agendar um grupo especial que custa bem mais caro. Retornamos e fomos direto para o Horseshoe Band  (10 milhas). O Rio Colorado faz uma curva em forma de ferradura, bastante interessante. O mirante fica numa saída da Estrada 89, há 25 milhas ao sul de Page. Não são cobradas taxas para o acesso. Há uma trilha de pouco menos de 1km até a beira do rio, é relativamente tranquila, mas tem uma boa subidinha. Não há estrutura no local, nem trilha pavimentada, nem banheiro e nem nada. Na volta, antes de chegarmos a cidade, paramos em uma trilha com um mirante para tirar fotos do Rio Colorado e da Glen Dam. Fomos jantar no Dam Bar e Grille (644, N Navajo Drive), gostamos muito.


Antelope Canyon em Page


Antelope Canyon é um dos locais mais fotografados no Norte do Arizona. É dividido em dois canyons, o Upper e o Lower, cada qual com sua beleza natural. O Upper é de mais fácil acesso, pode ser feito por pessoas com dificuldades de locomoção. O acesso ao Lower é feito por escadas, com um grau maior de dificuldade. Estão localizados em terras indígenas, Tribo Navajo. Devido a sua popularidade aconselha-se a reserva antecipada para não correr o risco de estar tudo lotado, principalmente os passeios perto do meio dia, que dizem, proporcionam melhores fotos. As listras do Antelope Canyon são formadas por inundações relâmpago que encharcam a região algumas vezes por ano, e o canyon se transforma em um verdadeiro rio em pouco tempo, por isso é obrigatório a excursão com guias.

 
Trem para o  Grand Canyon


Dia 11 - Page/AR a Williams/AR (166 milhas ou 2 h e 40 min) Após o café, seguimos para conhecer Less Ferry, local onde é possível entrar no Rio Colorado, é interessante, mas um pouco longe, só aconselho se  tiver tempo sobrando. Após algumas fotos, seguimos para Williams. Fizemos o check in no Hotel Super 8 Williams. A cidade parece saída de um filme do velho oeste, pena que estava muito frio e não animamos entrar num saloon. Resolvemos ir conhecer  a Grand Canyon Brewering (233 W Route 66), mas foi um desastre total, o atendimento foi péssimo, com garçonetes grosseiras e não faziam questão de entender os nossos questionamentos. No final, ao pedirmos a  conta constatamos que haviam cobrado preço normal e não o do happy hour que dizia no folheto, 50% de desconto, simplesmente falaram que alguns itens não faziam parte da promoção e fomos embora aborrecidos e com certeza, não voltaremos.     
Grand Canyon
Dia 12 - Williams/AR a Laughlin/NV (147 milhas ou 2 h  e 20 min) Após o café, fizemos o check out e  seguimos para um passeio de trem que conduz até o Grand Canyon, com saída às 9:30 da manhã, havíamos comprado o ticket pela internet, porque há muita procura. O passeio durou uma hora e meia e teve apresentação de músicos e cantores pelo caminho. A princípio achamos que o trem ia seguindo o Rio Colorado, mas ele passa por dentro de uma floresta até a borda do Canyon, por isso não achamos muito interessante. O trem retornou às 5:40 da tarde. Seguimos, então, para Laughlin, chegamos já bem tarde e fomos fazer o check in no The Aquarius Casino Resort. Muito bom hotel. Jantamos no próprio hotel, no Outback, cujo cardápio se assemelha ao do Brasil.
Dia 13 - Laughlin/NV a Los Angeles/CA (287 milhas ou 5 hs) - Após o café, seguimos para Los Angeles, pois a viagem seria longa. Resolvemos parar na cidade de Barstow para as últimas compras. Chegamos em Los Angeles já no final do dia, fizemos o check in no Hotel Best Western Plus Redondo Beach. Resolvemos ir jantar no famoso Rock and Brews (143 Main St, El Segundo), franquia de restaurante do Gene Simmons do Kiss, estava muito frio e o bar estava lotado. Só conseguimos lugar outside, mas havia aquecimento, não ficando desconfortável. A carta de cervejas era imensa com várias opções e um bom cardápio para tira gosto. Adoramos. Recomendamos. 

Dia 14 - De volta ao Brasil - Acordamos bem cedo para devolvermos o  carro e pegarmos o voo de volta para o Brasil às 10:30 da manhã. Concordamos que uma semana foi muito pouco para curtirmos todos os passeios que planejamos e decidimos que iremos voltar para refazer alguns passeios e incluir outros parques no roteiro.

Todas as fotos utilizadas são de autoria própria.

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